8 de jun. de 2011

ABORDAGEM CONTINGENCIAL 2

FACULDADES SUDAMÉRICA
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS     DISCIPLINA:GESTAO DAS ORGANIZAÇÕES
PROF. ANTERO EUGÊNIO DO VALE


Abordagem Contingencial
Certamente você já ouviu a frase que os administradores adoram: “Tudo depende...” Essa também é, digamos assim, a frase típica da Abordagem Contingencial. Vamos conhecer os detalhes.
Inicialmente, a Abordagem Contingencial ressalta a idéia central de que não existe uma única maneira certa de administrar. Nesse caso, há razão para se concluir que, realmente“Tudo depende...”A Escola Contingencial também se fundamenta na teoria dos sistemas, defendendo a importância das inter-relações entre as partes da organização. Procura completar o conhecimento do assunto e propõe-se analisar a natureza dessas relações. A origem dessa Escola ocorreu com uma série de pesquisas, cujoobjetivo era o de aplicar os conceitos das principais escolas em situações gerenciais concretas. Alguns estudiosos e precursores da Teoria Contingencial - como, por exemplo, Joan Woodward, Alfred Chandler, Tom Burns, G.M. Stalker e Lawrence &Lorsch - verificaram que métodos eficientes em certas situações não apresentavam os mesmos resultados em outros casos. Após diversas pesquisas, chegou-se a uma conclusão até, aparentemente, simples: os resultados eram diferentes porque as situações eram diferentes. A Teoria da Contingência enfatiza que nada é absoluto nas organizações ou na teoria da Administração. Ou seja, “tudo é relativo, tudo depende...”

Para quem não sabe, esse é o grande trunfo do administrador. Sendo assim, as ações do administrador são contingentes, dependem das características da situação para atingir osobjetivos da organização. Nada há de absoluto nos princípios de administração. A prescrição e os aspectos normativos e universais precisam ser substituídos pelo adaptável ou ajustável entre organização, ambiente e tecnologia. Com esse tipo de raciocínio, podem ser assim resumidas as características da Abordagem Contingencial:

• O papel do ambiente: neste aspecto, esta Escola está um passo àfrente da Teoria dos Sistemas, pois, além de identificar a relação entre a organização e o ambiente, ela estudou as conseqüências dessa relação. Ela procurou respostas para perguntas do tipo: quais as conseqüências que atingem a empresa que está inserida num ambiente dinâmico? O sistema de organização permite que a empresa se adapte às variações ambientais?

• A supremacia do transitório: o ambiente é dinâmico e mutável, portanto a empresa não pode ser estática no tempo.  Ela reage aos desafios e oportunidades que surgem.

• Fim do modelo ideal: não existe “receita de bolo”, ou melhor, não há um modelo ideal de administração. Tudo é conjuntural e envolve muitas variáveis, daí o “tudo depende...”.

• Tecnologia: a tecnologia adotada por uma empresa deve ser coerente com sua estrutura social e técnica para obter sucesso. A análise deve envolver aspectos como: quem vai usar a tecnologia? O que e para quem vai produzir? Um tanto simplificadamente, poderíamos resumir a idéia central da Abordagem Contingencial no seguinte: não existe uma única maneira certa de administrar: “Tudo Depende...”. A tecnologia e o ambiente são determinantes da forma de administrar. Ainda não se formou uma conjuntura crítica para julgar essa abordagem. Todavia, sendo uma teoria administrativa, ela envolve muitas variáveis e visualiza causas e efeitos diversos. Portanto, por ser generalista e adaptável, seu grau de complexidade é alto.

ENAD 2009 / QUESTÃO 39 – DISCURSIVA:
Presente no mercado de móveis e eletrodomésticos desde a década de 1960, a rede Conforto do Lar possui, atualmente, 27 lojas espalhadas no interior de um estado brasileiro. O crescimento desordenado do negócio, contudo, colocou a empresa diante de alguns problemas operacionais. A Conforto do Lar enfrenta um número expressivo de reclamações de clientes e de processos abertos no Procon, a respeito da entrega de produtos. De fato, existem problemas graves de comunicação entre os vários departamentos envolvidos com o atendimento ao cliente, o que tem acarretado inúmeros conflitos.
Em função da atual organização das atividades, existe um verdadeiro “jogo de empurra” acerca da responsabilidade, tanto sobre os problemas enfrentados quanto sobre o tipo de solução a ser empregado. Paulo, um jovem consultor, recentemente graduado em Administração, fez o seu diagnóstico da situação: as tarefas dos funcionários de cada departamento não estão bem definidas devido ao crescimento desestruturado da empresa. Esse problema é agravado pelo fato de o fundador da empresa, Sr. Pedro, sempre ter adotado uma postura paternalista, cultivando uma relação próxima e amigável com os seus subordinados diretos (responsáveis pelos diferentes departamentos). Paulo, por sua vez, tem consciência de que os problemas não são fruto da falta de competência ou da experiência desses funcionários e precisa convencer o Sr. Pedro sobre a necessidade de modificar o seu estilo de liderança, de forma a solucionar os problemas da empresa.
Em que medida as teorias da liderança contingencial ajudariam Paulo a reunir argumentos para convencer o Sr. Pedro a resolver o problema relatado? Justifique.               

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